terça-feira, 13 de julho de 2010

NO MEU COLO AINDA...

Ficou-me, acerca do gesto,
Um hábito de doce amimar…
No olhar, uma gota
De distante orvalhar.
E um nome infante
De presente adorar
Nos lábios de círios
Em aceso rezar…

Ficou-me, no ar que me ronda,
Um leve sopro a animar

Perfumes de rosas.
E no caminhar
Vestígios de vida
De eterno pisar
Nos espinhos que tenho
Que atravessar

Longe do teu toque,
Perto do teu guardar…

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Onde estáveis, lágrimas?...


Onde estáveis, lágrimas,
quando mais de vós precisei?...

onde estavas, fonte morna,
quando gelo me tornei,
petrificando na alma
gumes da dor que pisei?...

onde estavas, manto doce,
quando por dentro chorei,
vitrificando nos olhos
humidades que sangrei?...

em fome e insipidez,
em sede e influidez,

a vós, lágrimas, vos direi:

de tanta dor eu morri,
que sem querer
vos matei!...