quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

SÓ TU, TALVEZ...




Só tu,
talvez,
que estás tão acima
do azul que abraça este vale
das lágrimas onde mergulho
a saudade que me aperta
e me aparta
do Céu...

Só tu,
talvez,
tão acima desta luta
que travo com a ausência
da visibilidade da luz,
saibas o quanto em dor
me coube
em Vida...

Talvez só tu
(e Deus),
saibas a força que sou,
a mão que me amparou
quando os espinhos que teci
da coroa que mereci,
me doeram
na Alma...

E a ti
(e a Deus),
ergo os olhos já sem lágrimas,
recolho-me às minhas margens
e vejo fluir os rios
que purifiquei
em Ti...