segunda-feira, 11 de julho de 2011

Há silêncios que são lágrimas



Há silêncios que são lágrimas,
meu pequenino amor,
a contornar-te a imortalidade
em certezas que me são colo
e afago.
Há silêncios que são beijos líquidos,
meu eterno amor,
que me ungem mãe sublimada
e me perfumam de essências raras,
dulcíssimas...
E nem a dor que me nasceu no peito
(há tanto tempo),
e me floresce nas mãos órfãs,
desespera em chaga incurável:
porque,
meu anjo,
há quem diga que lágrimas são saudades...
eu digo que,
simplesmente,
há saudades que são lágrimas
-
de Amor.


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