quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

ADORAÇÃO







Perdoa-me se, em dor, eu baixo os olhos
quando a luz que te cerca me trespassa
e me atinge e me faz parecer tão baça
a luz funda que filtro dos escolhos.

Não, não me peças mais que adoração,

olhar-te faz-me ver quanto depende
a luz da intensa fé que a ti me rende,
da tua refulgente aparição.

Por isso, e pelo medo que me ofusques,

quando mostras a clareza do teu rosto,
oh!... por isso eu te guardo no meu peito...

alentando os círios dos meus lustres,

adoçando as esquinas do desgosto,
iluminando o chão onde me deito!



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