sábado, 24 de novembro de 2007

---DIANA---Minha cândida inspiração


Queria pintar-te a mil cores mas não me basta a tua lembrança para poder expressar com lealdade o teu brilho, o teu encanto, a tua cândida pureza...
Na minha paleta não encontro cores que fidelizem a tua aura.
Os toscos pincéis que uso nunca seriam suficientemente precisos ou delicados para eternizar numa crua tela a ternura do teu sorriso, o brilho inocente dos teus olhos, a seda pura dos teus cabelos...
Não, não saberei nunca reflectir a imagem que de ti guardo no peito, no espelho das minhas lágrimas sobre o papel estéril...
...Resta-me este modesto ensaio, a preto e branco... como os retratos antigos. Digo isto e a minha alma rebela-se! Tu és cor, ainda, em mim! E nunca será antiga, a tua imagem em mim! Perdoa-me, filha, sou só incapaz de reproduzir fielmente a tua beleza pura com tintas traiçoeiras, que temo borratar num tremor de pincel. Não tenho talento que me baste. Então fiquei-me pelo carvão, que posso apagar, fazer e refazer, em busca da perfeição impossível.. Mas, sabes, vejo tanta cor, para lá dos negros traços! Tanta luz, tanta energia! Serás sempre minha, estejas onde estiveres, porque ainda existe uma conexão infinita entre esses teus olhos risonhos e o meu triste olhar de mãe-orfã...

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